Música da Era Medieval

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bem vindos!



Neste blog vocês irão aprender um pouco sobre a época medieval.
Viagem nesta aventura! 

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A guerra dos cem anos

       A guerra dos cem anos aconteceu na Idade Média, entre os anos de 1337 e 1453 (duração de 116 anos). Esta guerra envolveu os reinos da França e Inglaterra. Foi a principal e mais sangrenta guerra européia do período medieval.
      O conflito militar foi causado, principalmente, pela rivalidade entre Filipe de Valois, proclamado rei da França depois da morte de Carlos IV (último da dinastia dos capetos) e Eduardo III da Inglaterra. Este último pretendia ter direito á coroa francesa por parte de sua mãe. Disputas territoriais e comerciais também influenciaram o conflito. Em 1450, os ingleses foram derrotados em Formigny e três anos depois, em Castilion. São expulsos da rança exceto em Calais, que só ocorre em 1558.
      Principais batalhas da guerra dos cem anos:
-Batalha de Crécy-1346;
-Batalha de Calais-1347;
-Batalha de Poitiers-1356;
-Batalha de Azincourt-1415;
-Batalha de Orleães-1429;
-Batalha de Jargeau-1429;
-Batalha de Patay-1429;
-Batalha de Formigny-1450;
-Batalha de Castillon-1456. 

A peste negra

   Em meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.

O ensino

  Na Idade Média, a religião e o Estado eram ligados, só quem tinha acesso a educação eram os ricos e os que conseguiam estudar nos mosteiros para se tornarem sacerdotes.A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
As bibliotecas ficavam nos mosteiros e o monges se dedicavam mais a tradução da bíblia, as ciências passam a ser difundidas fora dos mosteiros já na Alta Idade Média com a criação das Universidades.

  Os alunos ingressavam nas Universidades por volta dos 14 anos. Ao final de seis anos de estudo básico,o estudante poderia optar entre três carreiras: direito, medicina ou tecnologia, o que poderia exigir ainda mais quinze anos de estudo.

  

A literatura

 No século XII, a literatura europeia teve grande desenvolvimento.
   Os romances daquela época tratavam de histórias inspiradas em antigas lendas da Antiguidade, adaptadas ao cotidiano e aos valores do homem medieval. A origem do nome romance veio porque essas histórias eram escritas e línguas neolatinas* ou românicas.
    Haviam algumas Canções de gesta que eram longas narrativas escritas em forma de verso. Elas tratavam dos feitos dos heróis medievais e eram transmitidas oralmente,cantadas nas cortes dos reis. Um exemplo desse tipo de produção literária é: A canção de Rolando.
   As novelas de cavalaria expressavam o código de conduta do cavaleiro medieval, em que se destacavam a bravura, a honra e a lealdade. Essas histórias misturavam heranças  da cultura oral celta com tradições cristãs.
    Nas cidades, as comédias faziam grande sucesso. As obras cômicas criticavam o clero e os costumes de nobres e burgueses.
   

Arquitetura: O estilo Gótico

castelo medieval - estilo gótico   O estilo gótico predominou na Europa no período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV). As construções (igrejas, mosteiros, castelos e catedrais) seguiram, no geral, algumas características em comum. O formato horizontal foi substituído pelo vertical, opção que fazia com que a construção estivesse mais próxima do céu. Os detalhes e elementos decorativos também foram muitos usados. As paredes passaram a ser mais finas e de aspecto leve. As janelas apareciam em grande quantidade. As torres eram em formato de pirâmides. Os arcos de volta-quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos utilizados. 
    Com relação às esculturas góticas, o realismo prevaleceu. Os escultores buscavam dar um aspecto real e humano às figuras retratadas (anjos, santos e personagens bíblicos).  
    No tocante à pintura, podemos destacar as iluminuras, os vitrais, painéis e afrescos. Embora a temática religiosa ainda prevalecesse, observa-se, no século XV, algumas características do Renascimento: busca do realismo, expressões emotivas e diversidade de cores.

O estilo Românico

castelo - estilo românico   O estilo Românico prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII). Na arquitetura, principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de volta-perfeita e abóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um estilo voltado para o aspecto de defesa. As paredes eram grossas e existiam poucas e pequenas janelas. Tanto as igrejas como os castelos passavam uma idéia de construções “pesadas”, voltadas para a defesa. As igrejas deveriam ser fortes e resistentes para barrarem a entrada das “forças do mal”, enquanto os castelos deveriam proteger as pessoas dos ataques inimigos durante as guerras.  
  Com relação às esculturas e pinturas podemos destacar o caráter didático-religioso. Numa época em que poucos sabiam ler, a Igreja utilizou as esculturas,vitrais e pinturas, principalmente dentro das igrejas e catedrais, para ensinar os princípios da religião católica. Os temas mais abordados foram: vida de Jesus e dos santos, passagens da Bíblia e outros temas cristãos.

As cruzadas

   As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.                  Após a derrota na 1ª Cruzada, outro exército ocidental, comandado pelos franceses, invadiu o oriente para lutar pela mesma causa. Seus soldados usavam, como emblema, o sinal da cruz costurado sobre seus uniformes de batalha. Sob liderança de Godofredo de Bulhão, estes guerreiros massacraram os turcos durante o combate e tomaram Jerusalém, permitindo novamente livre para acesso aos peregrinos.
   Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos.

Curiosidade:
- A expressão "Cruzada" não era conhecida nem mesmo foi usada durante o período dos conflitos. Na Europa, eram usados termos como, por exemplo "Guerra Santa" e Peregrinação para fazerem referência ao movimento de tentativa de tomar a "terra santa" dos muçulmanos.

Um pouco mais sobre os vestuários da época medieval

Poucas pessoas se podiam dar ao luxo de se vestirem com elegância.
  Na nobreza  as rainhas tinham armários atulhados de magníficos vestidos, muitos deles bordados a ouro e pedras preciosas. Os reis também se vestiam luxuosamente pois a riqueza dos trajes era uma das formas utilizadas pelos monarcas para cultivarem a obediência dos seus súbditos. 
   O Clero vestia vestidos escuros e compridos de lã, com capas igualmente escuras e compridas, alguns andavam descalços, outros calçados com sapatos de couro e possuíam terços e adereços da sua religião.
   O povo  vestia-se com trajes práticos, já que a sua função, na maioria, era o trabalho pesado e o comércio. 
    No início as roupas eram feiras em casa. As famílias criavam ovelhas e cultivavam o linho. Quando as cidades começaram a crescer, surgiram lojas especializadas, dirigidas por tecelões, alfaiates, remendões e outros artesões que faziam roupas. No século XII, esses artesãos organizaram -se em corporações chamadas guildas. As mulheres começaram a usar vestidos compridos, e justos no busto. Os homens vestiam calções soltos debaixo da túnica, além de vários tipos de coberturas para as pernas. 
    Durante o século XIV, as roupas das classes dominantes ganharam muitos enfeites e acessórios, como botões e cintos ornamentados com pedrarias. Os tecidos variavam de acordo com a classe social. Os muito ricos vestiam seda e enfeitavam suas roupas com peles valiosas.
   


Um pouco mais sobre as bruxas medievais

As pessoas que viviam na Idade Média consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.
  Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII. Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do ‘crime de feitiçaria’. Foi criado então um livro (absurdo e misógino) era um manual de reconhecimento e caça aos bruxos, e, principalmente, às bruxas (o livro trazia afirmações surpreendentes, como : “quando uma mulher pensa sozinha, pensa em malefícios”). A partir daí, a Igreja abandonou completamente a postura de ignorar a Bruxaria: pelo contrário, não acreditar na sua existência era considerada a maior das heresias. Iniciou-se então um período de duzentos anos de terror, conhecido entre os bruxos como “Era das Fogueiras”. Mas os bruxos não pereciam só em fogueiras: eram também enforcados e esmagados sob pedras. Isso quando não pereciam nas torturas, as quais são tão cruéis e sádicas que não merecem nem ser mencionadas.

domingo, 3 de junho de 2012

Um pouco mais sobre os castelos medievais

 Durante a Idade Média (séculos V ao XV) a Europa foi palco da construção de milhares de castelos. Nesta época da história, as guerras eram muito comuns. 
  Durante os primeiros séculos da Idade Média (até o século XI, aproximadamente), os castelos eram erguidos de madeira retirada das florestas da região. Seu interior era rústico e não possuía luxo e conforto. A partir do século XI, a arquitetura de construção de castelos mudou completamente. Eles passaram a ser construído de blocos de pedra. Tornaram-se, portanto, muito mais resistentes. Estes castelos medievais eram erguidos em regiões altas, pois assim ficava mais fácil visualizar a chegada dos inimigos. Um castelo demorava, em média, de dois a sete anos para ser construído.Em volta do castelo medieval, geralmente, era aberto um fosso preenchido com água. Esta estratégia era importante para dificultar a penetração dos inimigos durante uma batalha. Os castelos eram cercados por muralhas e possuíam torres, onde ficavam posicionados arqueiros e outros tipos de guerreiros. O calabouço era outra área importante, pois nele os reis e senhores feudais mantinham presos os bandidos, marginais ou inimigos capturados.
  Como o castelo medieval era construído com a intenção principal de proteção durante uma guerra, outros elementos eram pensados e elaborados para estes momentos. Muitos possuíam passagens subterrâneas para que, num momento de invasão, seus moradores pudessem fugir.
  O castelo era o refúgio dos habitantes do feudo, inclusive os camponeses (servos). No momento da invasão inimiga, todos corriam para buscar abrigo dentro das muralhas do castelo. A ponte levadiça, feita de madeira maciça e ferro, era o único acesso ao castelo e, após todos entrarem, era erguida para impedir a penetração inimiga.
  Por dentro, o castelo medieval era frio e rústico, Os cômodos eram enormes e em grande quantidade. O esgoto produzido no castelo era, geralmente, jogado no fosso. 
 Em cidades do interior da França, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha e Inglaterra podemos encontrar vários exemplos destes interessantes tipos de construção antiga.

Cultura Medival

A cultura medieval é a cultura do feudalismo, extraordinária hierarquia católica, dos castelos, das catedrais, dos vitrais luminosos, dos grandes santos doutores, das universidades, dos hospitais e santas casas, das grandes guerras pela verdadeira paz, da verdadeira fé, das caravelas, da teologia e filosofia escolástica.A cultura medieval ou cultura da Idade Média foi uma síntese de elementos greco-romanos, cristãos e germânicos, que foram reformulados em termos de novas experiências. Começou a distinguir-se no século XI e atingiu o apogeu no século XIII. Apesar de predominar o sentimento cristão-católico-romano, nela há influência de cultura secular e naturalista, representada pela literatura fantasiosa, por mitos, lendas e canções populares